domingo, 18 de novembro de 2012

Devaneios de um filósofo errante - Parte V



Devaneios de um filósofo errante – Ediel Araújo
Parte V

Um domingo de sol
Uma linha tênue que separa a dor,
Do sentimento feliz.
Contraste, desarmonia, desordem!
Partidas, chegadas.
Música que embala, invade a alma,
Momentaneamente de faz feliz.
Pêndulo de sentimentos!
A dor retorna... Novos desejos, novos impulsos,
Estado de ser a priori.
O tempo? O espaço? O noumeno? O fenômeno?
As várias faces de uma mesma moeda,
Meu eu em conflito.
As vezes inocência,
As vezes lugar,
As vezes sonhos e ideais de paz, comigo, com o outro, com a natureza,
Outras vezes: o físico, o suor, o desejo, a volúpia,
E no final de tudo,
O acordar!


sábado, 17 de novembro de 2012

Devaneios de um filósofo errante



Devaneios de um filósofo errante – Ediel Araújo
      Parte IV
Augustiniando-se, Pessoanizando-se,
Caetaneando-se, vivendo-se e shopenhaureniando-se
Vontade impulsionando, movendo a vida!
Desejos, tédio, angustia, alegria, vida que passa.
Vida que nasce, caminha!
Olho para o lado e vejo uma flor
Olho adiante, eu vejo a dor
Olho acima e vejo o horizonte
Olho a baixo e vejo a fome.
Vermes, devorem minha carne!
Já não tem mais sentido, simplesmente devorem.
Anseios, angustias, desejos, impulsos e dores, sangue e suor
Volúpias, corpos.
Farturas e danças sobre os cadáveres, morte e vida.