Exercícios sobre falácias
Identificar as falácias presentes nos seguintes
argumentos:
1. O Cristianismo foi a causa da decadência do
Império Romano, pois a precedeu de poucos séculos.
2. Ele é um homem de grande cultura, pois é
diplomata e conhece vários países.
3. Tendo observado que três professores seus faltam
às aulas e quando vêm chegam atrasados, Paulo concluiu: "Os professores
dessa Faculdade são uns safados, vagabundos!"
4. Meu amigo sentia fortes dores nas costas e eu lhe
sugeri tomar "Exdores". Eu sarei com esses comprimidos.
5. O esporte da caça submarina prejudica a audição
porque compromete os ouvidos.
6. Você é quem sabe... Se sair com ele, não põe mais
os pés nesta casa!
7. Todo mundo está comprando carro; por que eu não
posso ter o meu?
8. Meu professor de Direito Constitucional disse que
o candidato X é o único confiável e honesto. Vou votar nesse candidato.
9. Você vai mesmo sair com o Cacá? Mas esse sujeito
anda metido com um ex-presidiário...
10. A AIDS é incurável, minha cara: ninguém provou
que tem cura.
11. Machado de Assis é o maior escritor brasileiro, porque
nenhum outro jamais atingiu as mesmas alturas no que diz respeito à criação
literária.
12. Meu filho tirou nota baixa, mas ele precisa
passar. Esse menino está vivendo problemas terríveis: o pai está doente, o
irmão, foragido da polícia. Se ele for reprovado também, ficará com trauma para
o resto da vida professor.
13. Os cariocas são uns boas-vidas: só pensam em
carnaval, futebol e praia.
QUESTÃO 11 - Suponha que um jornalista econômico tenha escrito o seguinte comentário: "O ministro afirma que a economia vai bem, apesar da crise política. Mas ele não é um economista e, além do mais, tem interesse em apresentar uma imagem positiva do país aos investidores. Logo, não é verdade que a economia vai bem".
Julgue os itens abaixo, relativos ao raciocínio apresentado pelo jornalista.
I - É um exemplo de generalização apressada.
II - É um argumento inválido.
III - É uma falácia, não um argumento.
IV - É um argumento ad hominem.
V - É um exemplo de apelo à autoridade.
Estão certos apenas os itens
A - I e III.
B - II e IV.
C - II e V.
D - III e IV.
E - IV e V.
QUESTÃO 12 - A partir da premissa "é verdade que algum pássaro não
voa", obtém-se, por inferência imediata, a conclusão que se segue. "É falso que todo pássaro
voe" porque a premissa afirma a verdade de
uma proposição particular negativa, e a conclusão expressa que a respectiva
contrária é falsa, o que está de acordo com as leis do quadro de oposições.
Considerando as leis do quadro de oposição entre proposições categóricas e as inferências imediatas autorizadas por esse quadro, assinale a opção correta a respeito dessas asserções.
A - As duas asserções são verdadeiras, sendo a segunda uma justificativa da primeira.
B - As duas asserções são verdadeiras, e a segunda não é justificativa da primeira.
C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa.
D - A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, uma proposição verdadeira.
E - Tanto a primeira asserção quanto a segunda são proposições falsas.
QUESTÃO 13 - Nas opções abaixo, "®" representa o condicional material (se...então...), "Ú" representa a disjunção (ou um, ou outro, ou ambos) e "Ø" representa a negação (não). Com o auxílio de tabelas veritativas, examine a seguinte fórmula: "(p ® q) Ú (Øq Ú p)" e, a seguir, assinale a opção correta.
A - A fórmula é uma contingência, e "¬q Ú p" só é falsa na 3.ª linha, de cima para baixo.
B - A fórmula é uma tautologia, e "p ÷ q" só é falsa na 2.ª linha, de cima para baixo.
C - A fórmula é uma disjunção tautológica cujos membros são ambos tautológicos.
D - A fórmula é uma contradição.
E - A fórmula é mal formada.
QUESTÃO 14 - Considerando-se que, no cálculo de predicados, as funções proposicionais não têm valor de verdade, uma função proposicional pode ser transformada em proposição por meio de
I - tradução da função proposicional em linguagem de primeira ordem.
II - substituição das variáveis livres por constantes.
III - substituição das constantes por variáveis livres.
IV - quantificação das variáveis livres.
V - eliminação dos quantificadores universais.
Estão certos apenas os itens
A - I e II.
B - I e III.
C - II e III.
D - II e IV.
E - III e V.
QUESTÃO 15 - Considerando-se conhecimentos de lógica e de história da filosofia, analise os itens seguintes.
(I) Todos os médicos são mortais.
(II) Platão, autor da República, é mortal.
(III) Platão é um médico.
É correto afirmar que o item (III), no contexto acima, é
A - uma proposição falsa.
B - um argumento silogístico.
C - um argumento válido.
D - uma proposição inválida.
E - um sofisma.
QUESTÃO 16 - Pois o que diz Demócrito? Que existem substâncias em número infinito que se chamam átomos, porque eles não podem se dividir (...); impassíveis, que se movem dispersas aqui e ali, no vazio infinito; e quando elas se aproximam uma das outras, ou se associam e combinam, de tais associações um aparece água, o outro o fogo, o outro árvore, o outro homem (...).
Plutarco. Contra Colotes.
Leucipo de Eléia (...) aprendeu filosofia diretamente de Parmênides, mas não adotou o pensamento de Parmênides e de Xenófanes sobre as coisas existentes, e seguiu, ao contrário, parece-me, um caminho oposto. Pois - enquanto os dois faziam do todo um ser um, imóvel, não-engendrado e limitado, e concordavam em pensar que não era necessário especular sobre o não-ser -, Leucipo formulou a hipótese de que os átomos são os elementos ilimitados e sempre em movimento (...). Ele diz que a substância dos átomos (...) é o ser, e que ela se desloca no vazio, que ele chamava não-ser (...).
Simplício. Comentário sobre a física de Aristóteles.
Tendo como base a doutrina de Parmênides de Eléia e as doxografias de Plutarco e de Simplício sobre Leucipo e Demócrito, julgue os itens a seguir.
I - Para Leucipo e Demócrito, os átomos podem explicar o devir dos corpos sensíveis.
II - Os átomos devem sofrer alteração para poder explicar o devir dos corpos sensíveis.
III - Se os átomos são infinitos em número e sendo o vazio também infinito, então, segundo essa concepção, o universo é infinito.
IV - Para Parmênides, o não-ser é o vazio, é o nada.
V - Para Leucipo, o vazio também é ser.
Estão certos apenas os itens
A - I e II.
B - I e III.
C - II e III.
D - III e IV.
E - IV e V.
QUESTÃO 17 - Que responda esse honrado homem que não acredita que algo seja belo em si, nem exista nenhuma ideia de um belo em si, sempre idêntica a si mesma, mas que reconhece muitas coisas belas - esse amante dos espetáculos - que não aceita que lhe digam que o belo é um só, e o justo, e do mesmo modo as outras realidades. Ora, dentre estas coisas, diremos que, das muitas que são belas, acaso haverá alguma que não pareça feia? E das justas, uma que não pareça injusta? E, das santas, uma que não pareça ímpia?
- Não, é forçoso que as mesmas coisas pareçam belas e feias, tal como as outras de que falas.
Platão. República. (com adaptações).
Com base nesse texto de Platão, analise as asserções a seguir.
As coisas parecem ser o que são e o seu contrário porque
as muitas coisas são idênticas a si mesmas.
Assinale a opção correta a respeito dessa afirmação.
A - As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
B - As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
D - A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é verdadeira.
E - As duas asserções são proposições falsas.
QUESTÃO 18 - Demos ao homem de bem e ao mau o poder de fazerem o que quiserem. Sigamo-los e vejamos aonde a paixão os vai conduzir. Vamos surpreender o homem de bem avançando na mesma estrada que o outro, conduzido pelo desejo de ter cada vez mais, desejo que qualquer natureza segue como um bem, mas que a lei constrange pela força ao respeito pela igualdade. Platão. República.
Tendo como referência o texto acima, analise as asserções abaixo.
O homem de bem não faz o mesmo que o mau
porque a lei constrange pela força o homem de bem a seguir a igualdade.
Acerca desse enunciado, assinale a opção correta.
A - As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
B - As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
D - A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é verdadeira.
E - As duas asserções são proposições falsas.
QUESTÃO 19 - Assim, a virtude é uma disposição para agir de uma maneira deliberada, consistindo numa mediania relativa a nós, a qual é racionalmente determinada e como a determinaria o homem prudente. Mas é uma mediania entre dois vícios, um pelo excesso, outro pela falta.
Aristóteles. Ética a Nicômaco.
Com base no trecho acima, julgue as seguintes conclusões formuladas.
I - A virtude é uma mediania.
II - A mediania é um vício entre dois vícios.
III - O homem prudente determina racionalmente a virtude.
IV - Os vícios são excessos ou faltas.
V - O homem prudente não reconhece o vício.
Estão certas apenas as conclusões
A - I, III e IV.
B - I, IV e V.
C - II, III e IV.
D - II, III e V.
E - II, IV e V.
QUESTÃO 20 - Pirro afirmava que nada é nobre nem vergonhoso, justo ou injusto; e que, da mesma maneira, nada existe do ponto de vista da verdade; que os homens agem apenas segundo a lei e o costume, nada sendo mais isto do que aquilo.
Ele levou uma vida de acordo com esta doutrina, nada procurando evitar e não se desviando do que quer que fosse, suportando tudo, carroças, por exemplo, precipícios, cães, nada deixando ao arbítrio dos sentidos.
Diógenes Laércio. Vidas e sentenças dos filósofos ilustres.
Com base nesse texto, julgue as conclusões propostas nos itens a seguir.
I - Pirro foi um crítico do relativismo moral.
II - Os homens agem apenas segundo a lei e o costume.
III - Pirro não se desviava de nada, porque nada é mais isto que aquilo.
IV - Pirro levou uma vida de acordo com o arbítrio dos sentidos.
V - Pirro achava que nada existe do ponto de vista da verdade.
Estão certos apenas os itens
A - I, II e IV.
B - I, III e V.
C - I, IV e V.
D - II, III e IV.
E - II, III e V.
QUESTÃO 21 - O nosso conhecimento natural tem origem nos sentidos.
Portanto, a alma não conhece as coisas corpóreas por imagens que estão naturalmente dentro dela. O intelecto humano, unido ao corpo, tem como objeto a equidade ou natureza existente na matéria corpórea e, por tais naturezas, ascende do conhecimento das coisas sensíveis a um certo conhecimento das coisas invisíveis.
Tomás de Aquino. Suma Teológica I.
Em cada uma das opções a seguir, há duas asserções ligadas pela palavra porque. Assinale a opção em que as duas asserções são verdadeiras, sendo a segunda uma justificativa correta da primeira.
A - O ser humano não conhece nada que esteja acima do alcance dos sentidos
porque
nosso conhecimento se inicia a partir dos sentidos.
B - O ser humano conhece a Deus tal como conhece uma coisa sensível
porque
nosso conhecimento abrange tanto as coisas sensíveis como as não-sensíveis.
C - O ser humano só pode ter um conhecimento imperfeito de Deus
porque
o específico de nosso conhecimento é partir das coisas sensíveis.
D - O ser humano pode conhecer todas as coisas sensíveis
porque
possuímos idéias inatas delas em nossa inteligência.
E - O conhecimento do ser humano parte das coisas sensíveis
porque
sua natureza é a de um animal racional.
QUESTÃO 22 - O nome "singular" é tomado como tudo aquilo que é um único e não muitos, e não é destinado a ser signo de muitas coisas. E, tomando "singular" assim, nenhum universal é singular, porque qualquer universal é destinado a ser signo de muitas coisas e destinado a ser predicado de muitas coisas. O universal é uma intenção da alma, destinada a ser predicado de muitas coisas. Pois todo universal, segundo todos, é predicável de muitas coisas; mas somente a intenção da alma ou o signo voluntariamente instituído é destinado a ser predicado, e não substância alguma; logo, somente a intenção da alma ou o signo voluntariamente instituído é universal.
Guilherme de Ockham. Lógica dos termos (com adaptações).
Com base no texto acima, julgue os itens seguintes.
I - O nome "singular" é uma realidade extramental, que não é signo de muitos.
II - "intenção da alma" é o desejo que alguém tem de fazer o bem ou o mal.
III - O universal só existe na mente, não nas coisas.
IV - O universal é algo que possui um certo tipo de existência nas coisas.
V - O indivíduo participa do universal, pois diz-se que Sócrates é homem e que Platão também é homem.
Estão certos apenas os itens
A - I e III.
B - I e V.
C - II e IV.
D - II e V.
E - III e IV.
QUESTÃO 23 - [Colocação da questão]: Parece que há uma insanável contradição na afirmação de que, de uma parte, Deus conhece antecipadamente todas as coisas e de que, de outra, subsiste alguma possibilidade de escolha pela nossa liberdade. De fato, se Deus (...), antecipadamente, conhece, desde a eternidade, não somente as ações humanas, mas também os desígnios e vontades, não existe, então, liberdade de decisão, porque não pode existir algum outro fato ou algum outro querer, a não ser aquele do qual a divina providência, imune a todo erro, já tenha tomado conhecimento antecipadamente. Se as coisas podem orientar-se de modo diverso do previsto, não haverá presciência segura do futuro, mas, antes, uma opinião incerta, coisa que é ímpio atribuir a Deus.
[Encaminhamento de resposta]: (...) Se é admissível um confronto entre o presente divino e o presente humano, como os humanos vêem certas coisas em seu presente temporal, assim Deus vê todas as coisas em seu presente eterno. Portanto, esse conhecimento divino não muda a natureza e as propriedades das coisas, e as vê ante si mesmo tais como um dia existirão no tempo. Ele não confunde as características distintivas das coisas, mas, com a visão de unidade de sua mente divina, distingue as que acontecerão necessariamente e as que acontecerão sem necessidade. Assim, portanto, o olhar divino, distinguindo todas as coisas, não perturba em nada a qualidade das coisas mesmas que, com relação a ele são presentes, enquanto, com relação às condições de temporalidade, são futuras.
Severino Boécio. Consolatio Philosophiae (com adaptações).
Considerando o texto acima, julgue os próximos itens.
I - É certo que, se Deus conhece antecipadamente o futuro, então o homem não é livre.
II - É certo que, se o homem é livre, então Deus não conhece o futuro.
III - Se as coisas pudessem acontecer de modo diferente daquele como Deus as conhece, então Ele teria opinião e não, ciência.
IV - Deus e o homem conhecem as coisas da mesma maneira e, por isso, não há presciência divina.
V - Na eternidade divina, todas as coisas são presentes, também aquelas que haverão de acontecer no tempo futuro.
Estão certos apenas os itens
A - I e III.
B - I e IV.
C - II e IV.
D - II e V.
E - III e V.
QUESTÃO 24 - Nada pode, de modo algum, manchar a alma, a não ser aquilo que procede da própria alma, isto é, o consentimento, pois só nele há maldade. Não há maldade nem no desejo que o precede nem na ação que a ele segue. (...) Deus leva em conta não as coisas que fazemos, mas o ânimo com que são feitas, e o mérito e o louvor de quem age consistem não na ação, mas na intenção. Pedro Abelardo. Scito te ipsum (ed. M.Dal Prà) (com adaptações).
De acordo com o texto acima, julgue os itens a seguir.
I - A maldade encontra-se nas ações que são feitas.
II - A intenção é a chave de compreensão da bondade ou maldade dos atos.
III - Decidir-se a matar alguém não é maldade; o mal é matar alguém de fato.
IV - Bondade ou maldade dos atos ou omissões medem-se pela intenção, não pelo resultado.
V - Deus julga os homens não pelas ações, mas pela intenção com que elas são realizadas.
Estão certos apenas os itens
A - I e II.
B - I e IV.
C - II e III.
D - I, III e IV.
E - II, IV e V.
QUESTÃO 25 - A segunda via (para demonstrar a existência de Deus) procede da natureza da causa eficiente. Pois descobrimos que há certa ordem das causas eficientes nos seres sensíveis; porém, não concebemos, nem é possível que uma coisa seja causa eficiente de si própria, pois seria anterior a si mesma: o que não pode ser. Mas é impossível, nas causas eficientes, proceder-se até o infinito; pois, em todas as causas eficientes ordenadas, a primeira é causa da média e esta, da última, sejam as médias muitas ou uma só. E como, removida a causa, fica removido o efeito, se, nas causas eficientes, não houver primeira, não haverá média nem última. Procedendo-se ao infinito, não haverá primeira causa eficiente, nem efeito último, nem causas eficientes médias, o que evidentemente é falso. Logo, é necessário admitir uma causa eficiente primeira, à qual todos dão o nome de Deus.
Tomás de Aquino. Suma Teológica I.
Com base no texto acima, julgue os itens que se seguem.
I - Desenvolve-se um argumento semelhante ao proposto por Santo Anselmo.
II - Articula-se um argumento cosmológico, que parte da constatação da relação causal entre os seres.
III - Nega-se qualquer possibilidade de se demonstrar a existência de Deus, porque ninguém o viu até hoje.
IV - É evidente o cunho aristotélico do argumento utilizado: partir dos dados dos sentidos, apelar para causas ordenadas.
V - Nas causas ordenadas, não se pode proceder ao infinito, devendo-se parar em uma causa primeira, que não é causada.
Estão certos apenas os itens
A - I e II.
B - I e IV.
C - II e III.
D - I, III e V.
E - II, IV e V.
QUESTÃO 26 - A mente
é, como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos os caracteres, sem
quaisquer idéias; como ela será suprida? De onde provém este vasto estoque, que
a ativa e que a ilimitada fantasia do homem pintou com uma variedade quase
infinita? De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? A
isso respondo, numa palavra, da experiência. Considerando as leis do quadro de oposição entre proposições categóricas e as inferências imediatas autorizadas por esse quadro, assinale a opção correta a respeito dessas asserções.
A - As duas asserções são verdadeiras, sendo a segunda uma justificativa da primeira.
B - As duas asserções são verdadeiras, e a segunda não é justificativa da primeira.
C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa.
D - A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, uma proposição verdadeira.
E - Tanto a primeira asserção quanto a segunda são proposições falsas.
QUESTÃO 13 - Nas opções abaixo, "®" representa o condicional material (se...então...), "Ú" representa a disjunção (ou um, ou outro, ou ambos) e "Ø" representa a negação (não). Com o auxílio de tabelas veritativas, examine a seguinte fórmula: "(p ® q) Ú (Øq Ú p)" e, a seguir, assinale a opção correta.
A - A fórmula é uma contingência, e "¬q Ú p" só é falsa na 3.ª linha, de cima para baixo.
B - A fórmula é uma tautologia, e "p ÷ q" só é falsa na 2.ª linha, de cima para baixo.
C - A fórmula é uma disjunção tautológica cujos membros são ambos tautológicos.
D - A fórmula é uma contradição.
E - A fórmula é mal formada.
QUESTÃO 14 - Considerando-se que, no cálculo de predicados, as funções proposicionais não têm valor de verdade, uma função proposicional pode ser transformada em proposição por meio de
I - tradução da função proposicional em linguagem de primeira ordem.
II - substituição das variáveis livres por constantes.
III - substituição das constantes por variáveis livres.
IV - quantificação das variáveis livres.
V - eliminação dos quantificadores universais.
Estão certos apenas os itens
A - I e II.
B - I e III.
C - II e III.
D - II e IV.
E - III e V.
QUESTÃO 15 - Considerando-se conhecimentos de lógica e de história da filosofia, analise os itens seguintes.
(I) Todos os médicos são mortais.
(II) Platão, autor da República, é mortal.
(III) Platão é um médico.
É correto afirmar que o item (III), no contexto acima, é
A - uma proposição falsa.
B - um argumento silogístico.
C - um argumento válido.
D - uma proposição inválida.
E - um sofisma.
QUESTÃO 16 - Pois o que diz Demócrito? Que existem substâncias em número infinito que se chamam átomos, porque eles não podem se dividir (...); impassíveis, que se movem dispersas aqui e ali, no vazio infinito; e quando elas se aproximam uma das outras, ou se associam e combinam, de tais associações um aparece água, o outro o fogo, o outro árvore, o outro homem (...).
Plutarco. Contra Colotes.
Leucipo de Eléia (...) aprendeu filosofia diretamente de Parmênides, mas não adotou o pensamento de Parmênides e de Xenófanes sobre as coisas existentes, e seguiu, ao contrário, parece-me, um caminho oposto. Pois - enquanto os dois faziam do todo um ser um, imóvel, não-engendrado e limitado, e concordavam em pensar que não era necessário especular sobre o não-ser -, Leucipo formulou a hipótese de que os átomos são os elementos ilimitados e sempre em movimento (...). Ele diz que a substância dos átomos (...) é o ser, e que ela se desloca no vazio, que ele chamava não-ser (...).
Simplício. Comentário sobre a física de Aristóteles.
Tendo como base a doutrina de Parmênides de Eléia e as doxografias de Plutarco e de Simplício sobre Leucipo e Demócrito, julgue os itens a seguir.
I - Para Leucipo e Demócrito, os átomos podem explicar o devir dos corpos sensíveis.
II - Os átomos devem sofrer alteração para poder explicar o devir dos corpos sensíveis.
III - Se os átomos são infinitos em número e sendo o vazio também infinito, então, segundo essa concepção, o universo é infinito.
IV - Para Parmênides, o não-ser é o vazio, é o nada.
V - Para Leucipo, o vazio também é ser.
Estão certos apenas os itens
A - I e II.
B - I e III.
C - II e III.
D - III e IV.
E - IV e V.
QUESTÃO 17 - Que responda esse honrado homem que não acredita que algo seja belo em si, nem exista nenhuma ideia de um belo em si, sempre idêntica a si mesma, mas que reconhece muitas coisas belas - esse amante dos espetáculos - que não aceita que lhe digam que o belo é um só, e o justo, e do mesmo modo as outras realidades. Ora, dentre estas coisas, diremos que, das muitas que são belas, acaso haverá alguma que não pareça feia? E das justas, uma que não pareça injusta? E, das santas, uma que não pareça ímpia?
- Não, é forçoso que as mesmas coisas pareçam belas e feias, tal como as outras de que falas.
Platão. República. (com adaptações).
Com base nesse texto de Platão, analise as asserções a seguir.
As coisas parecem ser o que são e o seu contrário porque
as muitas coisas são idênticas a si mesmas.
Assinale a opção correta a respeito dessa afirmação.
A - As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
B - As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
D - A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é verdadeira.
E - As duas asserções são proposições falsas.
QUESTÃO 18 - Demos ao homem de bem e ao mau o poder de fazerem o que quiserem. Sigamo-los e vejamos aonde a paixão os vai conduzir. Vamos surpreender o homem de bem avançando na mesma estrada que o outro, conduzido pelo desejo de ter cada vez mais, desejo que qualquer natureza segue como um bem, mas que a lei constrange pela força ao respeito pela igualdade. Platão. República.
Tendo como referência o texto acima, analise as asserções abaixo.
O homem de bem não faz o mesmo que o mau
porque a lei constrange pela força o homem de bem a seguir a igualdade.
Acerca desse enunciado, assinale a opção correta.
A - As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
B - As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
D - A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é verdadeira.
E - As duas asserções são proposições falsas.
QUESTÃO 19 - Assim, a virtude é uma disposição para agir de uma maneira deliberada, consistindo numa mediania relativa a nós, a qual é racionalmente determinada e como a determinaria o homem prudente. Mas é uma mediania entre dois vícios, um pelo excesso, outro pela falta.
Aristóteles. Ética a Nicômaco.
Com base no trecho acima, julgue as seguintes conclusões formuladas.
I - A virtude é uma mediania.
II - A mediania é um vício entre dois vícios.
III - O homem prudente determina racionalmente a virtude.
IV - Os vícios são excessos ou faltas.
V - O homem prudente não reconhece o vício.
Estão certas apenas as conclusões
A - I, III e IV.
B - I, IV e V.
C - II, III e IV.
D - II, III e V.
E - II, IV e V.
QUESTÃO 20 - Pirro afirmava que nada é nobre nem vergonhoso, justo ou injusto; e que, da mesma maneira, nada existe do ponto de vista da verdade; que os homens agem apenas segundo a lei e o costume, nada sendo mais isto do que aquilo.
Ele levou uma vida de acordo com esta doutrina, nada procurando evitar e não se desviando do que quer que fosse, suportando tudo, carroças, por exemplo, precipícios, cães, nada deixando ao arbítrio dos sentidos.
Diógenes Laércio. Vidas e sentenças dos filósofos ilustres.
Com base nesse texto, julgue as conclusões propostas nos itens a seguir.
I - Pirro foi um crítico do relativismo moral.
II - Os homens agem apenas segundo a lei e o costume.
III - Pirro não se desviava de nada, porque nada é mais isto que aquilo.
IV - Pirro levou uma vida de acordo com o arbítrio dos sentidos.
V - Pirro achava que nada existe do ponto de vista da verdade.
Estão certos apenas os itens
A - I, II e IV.
B - I, III e V.
C - I, IV e V.
D - II, III e IV.
E - II, III e V.
QUESTÃO 21 - O nosso conhecimento natural tem origem nos sentidos.
Portanto, a alma não conhece as coisas corpóreas por imagens que estão naturalmente dentro dela. O intelecto humano, unido ao corpo, tem como objeto a equidade ou natureza existente na matéria corpórea e, por tais naturezas, ascende do conhecimento das coisas sensíveis a um certo conhecimento das coisas invisíveis.
Tomás de Aquino. Suma Teológica I.
Em cada uma das opções a seguir, há duas asserções ligadas pela palavra porque. Assinale a opção em que as duas asserções são verdadeiras, sendo a segunda uma justificativa correta da primeira.
A - O ser humano não conhece nada que esteja acima do alcance dos sentidos
porque
nosso conhecimento se inicia a partir dos sentidos.
B - O ser humano conhece a Deus tal como conhece uma coisa sensível
porque
nosso conhecimento abrange tanto as coisas sensíveis como as não-sensíveis.
C - O ser humano só pode ter um conhecimento imperfeito de Deus
porque
o específico de nosso conhecimento é partir das coisas sensíveis.
D - O ser humano pode conhecer todas as coisas sensíveis
porque
possuímos idéias inatas delas em nossa inteligência.
E - O conhecimento do ser humano parte das coisas sensíveis
porque
sua natureza é a de um animal racional.
QUESTÃO 22 - O nome "singular" é tomado como tudo aquilo que é um único e não muitos, e não é destinado a ser signo de muitas coisas. E, tomando "singular" assim, nenhum universal é singular, porque qualquer universal é destinado a ser signo de muitas coisas e destinado a ser predicado de muitas coisas. O universal é uma intenção da alma, destinada a ser predicado de muitas coisas. Pois todo universal, segundo todos, é predicável de muitas coisas; mas somente a intenção da alma ou o signo voluntariamente instituído é destinado a ser predicado, e não substância alguma; logo, somente a intenção da alma ou o signo voluntariamente instituído é universal.
Guilherme de Ockham. Lógica dos termos (com adaptações).
Com base no texto acima, julgue os itens seguintes.
I - O nome "singular" é uma realidade extramental, que não é signo de muitos.
II - "intenção da alma" é o desejo que alguém tem de fazer o bem ou o mal.
III - O universal só existe na mente, não nas coisas.
IV - O universal é algo que possui um certo tipo de existência nas coisas.
V - O indivíduo participa do universal, pois diz-se que Sócrates é homem e que Platão também é homem.
Estão certos apenas os itens
A - I e III.
B - I e V.
C - II e IV.
D - II e V.
E - III e IV.
QUESTÃO 23 - [Colocação da questão]: Parece que há uma insanável contradição na afirmação de que, de uma parte, Deus conhece antecipadamente todas as coisas e de que, de outra, subsiste alguma possibilidade de escolha pela nossa liberdade. De fato, se Deus (...), antecipadamente, conhece, desde a eternidade, não somente as ações humanas, mas também os desígnios e vontades, não existe, então, liberdade de decisão, porque não pode existir algum outro fato ou algum outro querer, a não ser aquele do qual a divina providência, imune a todo erro, já tenha tomado conhecimento antecipadamente. Se as coisas podem orientar-se de modo diverso do previsto, não haverá presciência segura do futuro, mas, antes, uma opinião incerta, coisa que é ímpio atribuir a Deus.
[Encaminhamento de resposta]: (...) Se é admissível um confronto entre o presente divino e o presente humano, como os humanos vêem certas coisas em seu presente temporal, assim Deus vê todas as coisas em seu presente eterno. Portanto, esse conhecimento divino não muda a natureza e as propriedades das coisas, e as vê ante si mesmo tais como um dia existirão no tempo. Ele não confunde as características distintivas das coisas, mas, com a visão de unidade de sua mente divina, distingue as que acontecerão necessariamente e as que acontecerão sem necessidade. Assim, portanto, o olhar divino, distinguindo todas as coisas, não perturba em nada a qualidade das coisas mesmas que, com relação a ele são presentes, enquanto, com relação às condições de temporalidade, são futuras.
Severino Boécio. Consolatio Philosophiae (com adaptações).
Considerando o texto acima, julgue os próximos itens.
I - É certo que, se Deus conhece antecipadamente o futuro, então o homem não é livre.
II - É certo que, se o homem é livre, então Deus não conhece o futuro.
III - Se as coisas pudessem acontecer de modo diferente daquele como Deus as conhece, então Ele teria opinião e não, ciência.
IV - Deus e o homem conhecem as coisas da mesma maneira e, por isso, não há presciência divina.
V - Na eternidade divina, todas as coisas são presentes, também aquelas que haverão de acontecer no tempo futuro.
Estão certos apenas os itens
A - I e III.
B - I e IV.
C - II e IV.
D - II e V.
E - III e V.
QUESTÃO 24 - Nada pode, de modo algum, manchar a alma, a não ser aquilo que procede da própria alma, isto é, o consentimento, pois só nele há maldade. Não há maldade nem no desejo que o precede nem na ação que a ele segue. (...) Deus leva em conta não as coisas que fazemos, mas o ânimo com que são feitas, e o mérito e o louvor de quem age consistem não na ação, mas na intenção. Pedro Abelardo. Scito te ipsum (ed. M.Dal Prà) (com adaptações).
De acordo com o texto acima, julgue os itens a seguir.
I - A maldade encontra-se nas ações que são feitas.
II - A intenção é a chave de compreensão da bondade ou maldade dos atos.
III - Decidir-se a matar alguém não é maldade; o mal é matar alguém de fato.
IV - Bondade ou maldade dos atos ou omissões medem-se pela intenção, não pelo resultado.
V - Deus julga os homens não pelas ações, mas pela intenção com que elas são realizadas.
Estão certos apenas os itens
A - I e II.
B - I e IV.
C - II e III.
D - I, III e IV.
E - II, IV e V.
QUESTÃO 25 - A segunda via (para demonstrar a existência de Deus) procede da natureza da causa eficiente. Pois descobrimos que há certa ordem das causas eficientes nos seres sensíveis; porém, não concebemos, nem é possível que uma coisa seja causa eficiente de si própria, pois seria anterior a si mesma: o que não pode ser. Mas é impossível, nas causas eficientes, proceder-se até o infinito; pois, em todas as causas eficientes ordenadas, a primeira é causa da média e esta, da última, sejam as médias muitas ou uma só. E como, removida a causa, fica removido o efeito, se, nas causas eficientes, não houver primeira, não haverá média nem última. Procedendo-se ao infinito, não haverá primeira causa eficiente, nem efeito último, nem causas eficientes médias, o que evidentemente é falso. Logo, é necessário admitir uma causa eficiente primeira, à qual todos dão o nome de Deus.
Tomás de Aquino. Suma Teológica I.
Com base no texto acima, julgue os itens que se seguem.
I - Desenvolve-se um argumento semelhante ao proposto por Santo Anselmo.
II - Articula-se um argumento cosmológico, que parte da constatação da relação causal entre os seres.
III - Nega-se qualquer possibilidade de se demonstrar a existência de Deus, porque ninguém o viu até hoje.
IV - É evidente o cunho aristotélico do argumento utilizado: partir dos dados dos sentidos, apelar para causas ordenadas.
V - Nas causas ordenadas, não se pode proceder ao infinito, devendo-se parar em uma causa primeira, que não é causada.
Estão certos apenas os itens
A - I e II.
B - I e IV.
C - II e III.
D - I, III e V.
E - II, IV e V.
John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano ( com adaptações).
Tendo como referência o texto acima, analise as asserções a seguir.
Para Locke, a mente é uma tabula rasa e não contém nada inscrito antes de qualquer contato do homem com a experiência porque todo o material da mente é constituído exclusivamente de idéias.
Considerando as afirmativas acima, assinale a opção correta.
A - As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
B - As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é falsa.
D - A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
E - Tanto a primeira como a segunda asserções são proposições falsas.
QUESTÃO 27 - Examinando com atenção o que eu era, e vendo que podia supor que não tinha corpo algum e que não havia qualquer mundo, ou qualquer lugar onde eu existisse, mas que nem por isso podia supor que não existia; e que, ao contrário, pelo fato mesmo de eu pensar em duvidar da verdade das outras coisas seguia-se mui evidente e mui certamente que eu existia; ao passo que, se apenas houvesse cessado de pensar, embora tudo o mais que alguma vez imaginar fosse verdadeiro, já não teria qualquer razão de crer que eu tivesse existido, compreendi por aí que era uma substância cuja essência ou natureza consiste apenas no pensar, e que, para ser, não necessita de nenhum lugar, nem depende de qualquer coisa material.
René Descartes. Discurso do método.
Eu ou pessoa não corresponde a nenhuma impressão, consistindo naquilo a que todas as nossas várias impressões e idéias estão supostamente referidas. Se alguma impressão der origem à ideia de eu, esta impressão deve permanecer invariavelmente a mesma, durante toda a duração de nossas vidas, uma vez que se supõe que o eu existia desta maneira. Mas não há nenhuma impressão constante e invariável. A dor e o prazer, a tristeza e a alegria, as paixões e as sensações sucedem-se umas às outras, e nunca existem todas ao mesmo tempo. Não pode ser, portanto, de nenhuma destas impressões, nem de nenhuma outra, que nossa ideia de eu é derivada e, conseqüentemente, essa ideia não existe.
David Hume. Investigação sobre o entendimento humano.
Considerando os trechos acima, assinale a opção incorreta.
A - O "eu" cartesiano independe da matéria, e sua certeza constitui-se pelo próprio pensamento.
B - A dúvida, para Descartes, deve constituir-se como puro pensamento, a qual, metodologicamente, levará ao cogito.
C - O pensamento, para Descartes, é algo que existe por si, daí ser uma substância.
D - A crítica de Hume à denominada identidade pessoal tem como base sua doutrina empirista, estendida aqui à mente.
E - Embora por caminhos diferentes, os dois autores chegam à mesma conclusão sobre a identidade do "eu".
QUESTÃO 28 - Se queremos denominar a receptividade de nossa mente a receber representações na medida em que é afetada de algum modo, de sensibilidade, a faculdade de produzir ela mesma representações, ou a espontaneidade do conhecimento é, contrariamente, o entendimento. (...) Sem sensibilidade nenhum objeto nos seria dado, e sem entendimento nenhum seria pensado. Pensamentos sem conteúdo são vazios, intuições sem conceitos são cegas.
Immanuel Kant. Crítica da Razão Pura.
A partir do texto acima, analise as asserções abaixo.
Para Kant, pensamentos sem conteúdo são vazios, intuições sem conceitos são cegas
porque faz-se necessária, para que ocorra conhecimento, a síntese das intuições com os conceitos.
A propósito dessas assertivas, assinale a opção correta.
A - As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
B - As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
D - A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
E - Tanto a primeira como a segunda asserções são proposições falsas.
QUESTÃO 29 -Às ações de pensar que só têm a mente humana como causa chamamos de volições. A mente humana, enquanto é concebida como causa suficiente para produzir tais ações, é chamada vontade. (...) Deve-se notar que, embora a alma humana seja determinada pelas coisas exteriores para afirmar ou negar, não é determinada a ponto de ser constrangida por elas, mas permanece livre, pois nenhuma coisa tem a capacidade de destruir a essência dela.
Baruch Espinosa. Pensamentos metafísicos ( com adaptações).
Não é apenas nos fenômenos semelhantes ao seu, entre os homens e os animais, que reencontramos como essência íntima esta mesma vontade. (...) Pode-se vê-la na força que faz crescer e vegetar a planta e cristalizar o mineral; na comoção que ocorre no contato de dois metais heterogêneos (...) e até mesmo na gravidade que age com tanto poder sobre toda matéria e que atrai a pedra para a Terra assim com a Terra para o Sol.
Arthur Schopenhauer. O mundo como vontade e representação ( com adaptações).
Tendo em vista os textos acima, julgue os itens subsequentes.
I - Os dois autores defendem uma mesma fundamentação da vontade.
II - Para Schopenhauer, a vontade pode ter um caráter irracional.
III - Mente e vontade são substâncias distintas, segundo Espinosa.
IV - A vontade é livre, segundo Espinosa.
V - A vontade é inexorável e se manifesta na Natureza, segundo Schopenhauer.
Estão certos apenas os itens
A - I, II e III.
B - I, IV e V.
C - II, III e IV.
D - II, IV e V.
E - III, IV e V.
QUESTÃO 30 - Uma vez encontrado um primeiro paradigma com o qual conceber a Natureza, já não se pode mais falar em pesquisa sem qualquer paradigma. Rejeitar um paradigma sem simultaneamente substituí-lo por outro é rejeitar a própria ciência.
O resultado final de uma seqüência de tais seleções revolucionárias, separadas por períodos de pesquisa normal, é o conjunto de instrumentos notavelmente ajustados que chamamos de conhecimento científico.
Estágios sucessivos desse processo de desenvolvimento são marcados por um aumento de articulação e especialização do saber científico. Todo esse processo pode ter ocorrido, como no caso da evolução biológica, sem o benefício de um objetivo preestabelecido, sem uma verdade científica permanentemente fixada, da qual cada estágio do desenvolvimento científico seria um exemplar mais aprimorado.
Thomas Kuhn. A Estrutura das Revoluções Científicas.
Tendo o texto acima como referência e considerando a filosofia da ciência de Thomas Kuhn, julgue os itens que se seguem.
I - Para Kuhn, os paradigmas, em grande medida, governam algum estágio das ciências.
II - Em períodos de ciência normal, a ciência pode dispensar os paradigmas.
III - Identifica-se, no segundo parágrafo, uma definição kuhniana de conhecimento científico.
IV - Kuhn sugere um modelo evolucionista para descrever a dinâmica do saber científico; isso não é incompatível com alguma noção de progresso nas ciências.
V - O modelo evolucionista adotado por Kuhn é contraditório, pois, se não há uma verdade fixada, não pode haver ciência.
Estão certos apenas os itens
A - I, II e IV.
B - I, II e V.
C - I, III e IV.
D - II, III e IV.
E - III, IV e V.
QUESTÃO 31 - Se todos os homens são, como se tem dito, livres, iguais e independentes por natureza, ninguém pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder político de outro sem o seu próprio consentimento. A única maneira pela qual alguém se despoja de sua liberdade natural e se coloca dentro das limitações da sociedade civil é através de acordo com outros homens para se associarem e se unirem em uma comunidade para uma vida confortável, segura e pacífica uns com os outros, desfrutando com segurança de suas propriedades e melhor protegidos contra aqueles que não são daquela comunidade.
J. Locke. Segundo tratado sobre o governo civil.
De acordo com o texto acima,
I - os homens são coagidos por sua natureza a se reunir em sociedade.
II - há um momento real em que os homens entram em entendimento e criam a sociedade civil.
III - a sociedade civil tem como fim a promoção de uma vida confortável e segura.
IV - a sociedade civil impõe a submissão do indivíduo ao poder do Estado.
V - em estado de natureza, os homens são considerados livres e iguais.
Estão certos apenas os itens
A - I e II.
B - I e IV.
C - II e III.
D - III e V.
E - IV e V.
QUESTÃO 32 - (...) "Verdadeiro e falso" é o que os homens dizem; e na linguagem os homens estão de acordo. Não é um acordo sobre as opiniões, mas sobre o modo de vida.
L. Wittgenstein. Investigações filosóficas, § 241 (com adaptações).
De acordo com o texto acima, analise as seguintes asserções.
Na linguagem, os homens estão de acordo
porque a linguagem concerne apenas à verdade e à falsidade dos enunciados.
Acerca dessas afirmativas, assinale a opção correta.
A - As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
B - As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
D - A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
E - Tanto a primeira como a segunda asserções são proposições falsas.
QUESTÃO 33 - Ao argumentar a favor de sua Ética do Discurso, Apel e Habermas confrontam o cético moral com o que chamam uma contradição performativa. Segundo os autores, o interlocutor cético que procurar defender sua perspectiva perante os demais já estará comprometendo-se com os princípios da ética do discurso.
Com base na afirmação acima, julgue os itens subseqüentes, a respeito dos princípios da ética do discurso.
I - São pressupostos de todo e qualquer discurso.
II - Exprimem regras semânticas da linguagem.
III - Exprimem pressupostos do discurso de fundamentação racional.
IV - Tipificam uma forma de ceticismo moral.
V - Tornam possível o estabelecimento de uma situação de fala ideal.
Estão certos apenas os itens
A - I e II.
B - II e III.
C - III e IV.
D - III e V.
E - IV e V.
QUESTÃO 34 - Uma das mais famosas frases de Sartre é "estamos condenados à liberdade".
De acordo com o dito sartriano,
I - o ser humano é fruto do acaso.
II - não se pode fugir à necessidade de deliberar sobre as próprias ações.
III - não se pode agir livremente.
IV - no universo do humano está a medida das ações e da responsabilidade do homem.
V - o homem é o lobo do homem.
Estão certos apenas os itens
A - I e II.
B - I e III.
C - I e IV.
D - II e IV.
E - IV e V.
QUESTÃO 35 - Em sua obra filosófica, Foucault desenvolve uma genealogia das relações humanas de forma a evidenciar mecanismos de poder que permaneceram à margem da história oficial da humanidade. De acordo com essa perspectiva, o ser humano não será capaz de mudar a sociedade enquanto não puder interferir nos mecanismos de poder que atuam à margem do Estado, na microestrutura das relações sociais.
De acordo com o texto acima, analise as asserções a seguir.
Há formas de opressão que não podem ser subsumidas aos mecanismos de coerção do aparelho do Estado porque só há no mundo real microrrelações de poder.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
A - As duas asserções são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
B - As duas asserções são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
C - A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
D - A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
E - Tanto a primeira como a segunda asserções são proposições falsas.
O gabarito eu posto na próxima semana.
1º falsa causa
ResponderExcluir2º causa comum
3º falacias por composiçao
15º um proposiçao falsa
aluna:juliana e alexandra
turma: 204